LAFRONT
Laboratório de ensino, pesquisa e extensão "Fronteiras, Estado e Relações Sociais"
Introdução à Agroecologia (2022 - 2025)
Catálogo do Jornal Ilha Grande (2019 - 2022)
O projeto coletivo realizado pelo Lafront possui como o objetivo geral analisar o processo deaceitação e resistência ao uso de agrotóxicos, utilizando como categoria mediadora a ideia daexistência de uma sociedade de risco. Neste processo de trabalho, os primeiros passos foram oestabelecimento de um processo dialógico com os produtores agroecológicos que vivem na faixade fronteira do Brasil com o Paraguai e isso resultou em uma produção teórica e metodológica,mas também em cursos de formação e na elaboração de uma ferramenta digital para uso público.Ambas as atividades de extensão necessitam ser continuadas e aprimoradas. Desta forma, osobjetivos do Projeto Semear são: 1) elaborar e executar cursos de introdução a agroecologia paraestudantes das 36 escolas do primeiro ciclo da educação básica no município de Toledo/Pr; 2) garantir a manutenção dos contatos com os produtores agroecológicos e; 3) garantir a inserção de novos produtores na rede agroecológica disponibilizada no aplicativo criado pelo laboratório.
A primeira edição do Jornal "Ilha Grande", sediado no município de Guaíra/PR, foi publicada no dia 12 de abril de 1980. Desde então, o semanário é publicado de maneira contínua, acompanhando os principais acontecimentos ocorridos no município fronteiriço, no oeste do Estado do Paraná e no Brasil. Considerando sua importância como registro das mudanças históricas vivenciadas na região e a dificuldade de acesso e manutenção do acervo físico do jornal, após digitalizar, organizar e catalogar os documentos impressos, o LAFRONT disponibiliza as edições publicadas entre os anos de 1980 e 2005. As edições encontram-se separadas por ano de publicação e salvas no formato mês, dia e ano. No intuito da garantir pesquisas com maior precisão foi organizado um catálogo em que estão listados todos os títulos das reportagens publicadas e as suas respectivas palavras-chave. Assim, por meio da utilização do catálogo, é possível a realização de buscas mais precisas no acervo, considerando os temas específicos de interesse.
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Relações de poder e os sujeitos consumidores de agrotóxicos na faixa de fronteira do Brasil (2017 - 2024)
O processo de racionalização da sociedade ou da cultura moderna tem sido um objeto de pesquisa constante nas Ciências Sociais. Foucault sugere que este processo não seja analisado genericamente, mas como um processo em vários campos cada um dos quais com uma referencia a uma experiência fundamental: loucura, doença, morte, crime, sexualidade etc. Este trabalho se propõe analisar o processo de racionalização no campo do consumo de agrotóxicos, que está referido à experiência fundamental da ?contaminação?. O campo do consumo de agrotóxicos abriga relações de poder que conduziram a construção de um s ujeito básico que é o sujeito consumidor de agrotóxicos. Trata-se de um sujeito cujas especificidades precisam ser determinadas, mas que inclui ao nível empírico desde o aplicador de agrotóxicos, o consumidor de alimento e água contaminados com resíduos destes produtos, até a comunidade envolvente que fica exposta ao ar e ao ambiente contaminado. Este é um processo abrangente de racionalização que independe das fronteiras ou das iniciativas politicas de governos. Por outro lado, o campo do consumo de agrotóxicos pelas práticas divisoras, conduz a divisão deste sujeito básico, e o surgimento de lutas de resistência ao consumo de agrotóxicos. Para a pesquisa destas relações de poder se objetiva partir das lutas de resistência, como estratégia para a explicitação das especi ficidades do sujeito consumidor de agrotóxicos. Isto como forma de sustentar que a experiência de contaminação no campo do consumo de agrotóxicos, pelo desenvolvimento do sujeito consumidor de agrotóxicos, é uma forma privilegiada de entender o processo de racionalização em um campo importante da experiência humana moderna, pela confluência das estratégias de exploração e de sujeição típicas deste modelo social. Pretende-se verificar a possibilidade de sustentar que a experiência básica da contaminação é uma das mais fundamentais para o entendimento dos processos modernos de racionalização, justamente por combinar estratégias de sujeição e estratégias de exploração (a exemplo de outras experiências importantes analisadas por Foucault como, sexo, crime, loucura etc).
Segurança Integrada na Pan-Amazônia e nas Fronteiras sul-americanas: perspectivas para a construção de um modelo de segurança integrada focada na cooperação interagências e internacional (2025 - )
Projeto financiado pelo Edital Pró-Defesa V, que conta com o trabalho de instituições acadêmicas e militares de todo Brasil. Ele parte da observação que as regiões fronteiriças abrigam parcelas significativas das populações dos países sul-americanos, distribuídas em centenas de municípios, com cidades-gêmeas, parques nacionais e reservas indígenas sobre as linhas de fronteira de ambos os lados. Fronteiras mais vivificadas com intenso trânsito de pessoas e mercadorias e fronteiras mais afastadas dos eixos de integração regional, com áreas ainda pouco exploradas ou de baixa densidade demográfica. Além disso, as fronteiras são regiões consideradas socialmente construídas. A despeito da relevância estratégica das fronteiras para o desenvolvimento nacional, estas permanecem negligenciadas por tomadores de decisão e pela sociedade. Isso evidencia uma lacuna no entendimento e na gestão de suas complexidades e potencialidades. Neste sentido, o projeto busca endereçar essa lacuna, argumentando sobre a necessidade de uma abordagem integrada que considere não apenas a segurança nacional de forma tradicional, mas também a segurança humana. Desse modo, surge a necessidade de uma perspectiva de segurança alargada, para além da visão militar e centrada no Estado, por meio de uma agenda mais ampla, mas também coerente.
Migração e socialidades no processo de inserção social no oeste do Paraná (2025 - )
Partindo de estudos já realizadas pelo grupo de pesquisa e individualmente pelos membros do grupo de pesquisa Fronteiras, Estado e Relações Sociais, a proposta de trabalho Migração e socialidades no processo de inserção social no oeste do Paraná tem como intuito analisar os processos de inserção e participação social da população migrante no universo do trabalho, da educação e nas demais dimensões da vida social que constituem o cotidiano existente no oeste paranaense. Para tanto, a investigação utilizará a adequação de algumas técnicas já existentes para o levantamento de dados primários e secundários, que contarão com pesquisas quantitativas e quantitativas. Por exemplo, no intuito de compreendermos o cenário e as relações macrossociológicas envolvidas no problema de interesse utilizaremos dados públicos, disponibilizados na internet, como, por exemplo, do CAGED e da PNAD. Por outro lado, na busca do entendimento das especificidades do processo migratório e dos espaços de socialidade utilizaremos estratégias de levantamento de dados qualitativas, como a realização de observações, aplicação de questionários semiestruturados e análise de expressões artísticas. Com isso, buscamos entender a relação entre a inserção migrante e as rápidas transformações sociais e econômicas contemporâneas.
Atendimento e acolhida aos migrantes internacionais em municípios de fronteira: análise e acompanhamento na implantação de protocolos de acolhimento a pessoas em diferentes situações migratórias em Foz do Iguaçu (PR) e Corumbá (MS) (2022 - 2025)
Projeto financiado pelo Edital Pró-Humanidades, que tem como problema principal refletir sobre a relação entre o poder público local, as demandas e as ações voltadas ao atendimento e acolhida de imigrantes nosmunicípios de fronteira de Corumbá/MS e Foz do Iguaçu/PR. Nossa hipótese de investigação é que o poder municipal tem se tornado um ator político relevante na última década em termos de políticas de atendimento e acolhida de imigrantes e que aampliação das políticas migratórias locais possibilitam uma melhor inserção dosimigrantes como sujeitos de direitos nas sociedades de recepção.